O médico anestesista Cleudson Garcia Montali, preso após deflagração da Operação Raio-X, denunciado pelo Ministério Público como chefe do esquema criminoso que movimentou mais de R$1bilhão em verbas da saúde, através de Organizações Sociais, entre elas, a Santa Casa de Pacaembu, recebeu concessão de prisão domiciliar humanitária, alegando problemas de saúde. A decisão foi do STF (Supremo Tribunal Federal) e partiu do Ministro Gilmar Mendes.
Na decisão, Gilmar Mendes citou que há diversos laudos médicos apresentados por Cleudson, e cita um laudo apresentado por médico da UBS de Lavínia, declarando que o paciente “está fraco, desnutrido e apresenta piora do estado geral”. Cleudson também alegou que apesar de fazer tratamento com medicação contra depressão, o quadro clínico estaria evoluindo, com tendência a suicídio.
MONITORAMENTO ELETRÔNICO
Na decisão, o ministro delimitou medidas cautelares para o médico: “O paciente deverá informar, imediatamente, o endereço domiciliar, além de manter registro atualizado de todas as visitas que recebe, a ser enviado eletronicamente ao juízo de origem para acompanhamento mensal. Admite-se apenas saída para emergência médica, com comunicação e comprovação ao Juízo da origem em 24 horas”
CONDENAÇÃO A 104 ANOS DE PRISÃO
Em 2021, Cleudson foi condenado pela Justiça a 104 anos de prisão. Segundo o Ministério Público, ele foi condenado por corrupção e peculato, nos desdobramentos da Operação Raio-X. Além da pena de 104 anos em regime fechado, Cleudson terá de pagar R$ 947 mil aos cofres da Prefeitura de Penápolis (SP). Outras sete pessoas presas durante a operação também foram condenadas a penas que variam de 75 a 19 anos de prisão no regime fechado.
Segundo o G1, da Rede Globo, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) descobriu que alguns denunciados ocultaram, destruíram e até mesmo queimaram provas, enquanto outros falsificaram documentos para obstruir e dificultar a investigação envolvendo as Organizações Sociais.