Ao todo, 11 réus foram denunciados no processo criminal que deflagrou a Operação Atoleiro, que interveio com a quebra dos sigilos telefônicos, buscas e apreensões e realizou prisões a acusados de corrupção e fraudes em licitações na Prefeitura de Pacaembu. O inquérito policial teve seu início em 2019, e de lá pra cá, um longo processo se estendeu em busca de desvendar os acontecimentos que podem ter levado à milhões de reais de prejuízo ao erário de Pacaembu.
Após a deflagração da Operação Atoleiro, nas buscas realizadas, diversos outros possíveis crimes vieram à tona, e foram alvo de novas denúncias do Ministério Público, como foi o caso das bebidas para festas particulares compradas pela Prefeitura e transformadas em água mineral nas notas de pagamento, e da fraude do concurso, que até hoje não gerou a devolução do valor das inscrições aos candidatos que foram lesados.
Outros diversos processos derivaram da Operação Atoleiro, contudo, o processo principal, A Ação Penal n° 1500176-69.2019.8.26.0411, de Promoção, constituição, financiamento ou integração à Organização Criminosa, já está próxima de seu desfecho, pelo menos, em 1ª Instância.
O processo já teve audiências e está nas alegações finais, esta, última etapa antes da sentença do juiz. No último despacho, a juíza Dra. Luciana Amstalden Bertoncini, concedeu um prazo adicional de 10 dias para a apresentação das alegações finais, que findam na próxima segunda-feira, dia 6. Após isso, a meritíssima poderá proferir a sentença a qualquer momento.
Da decisão caberá recurso, mas este, certamente, será o primeiro processo da Operação Atoleiro a ter uma sentença com algum desfecho, processo complexo e de interesse da população de Pacaembu.